A adesão à greve já foi aprovada pelos funcionários do Metrô e da CPTM, as empresas responsáveis pelo transporte sobre trilhos na cidade. Ambas estão incluídas no plano de privatização do governo. No dia 3 de setembro, os funcionários dessas empresas irão parar por 24 horas.
A venda da Sabesp é uma promessa de campanha do governador Tarcísio de Freitas, que argumenta que a privatização trará mais investimentos e tarifas reduzidas. Entretanto, o presidente do Sintaema, Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente, Jasé Faggian, lembra dos casos da Cedae, no Rio de Janeiro, e da Empresa Águas de Manaus, onde as tarifas aumentaram em pelo menos 30% após as privatizações.
Além da Sabesp, o governo paulista também planeja privatizar o transporte público sobre trilhos, que apresenta prejuízos financeiros. No entanto, críticos temem que a privatização resulte em piora dos serviços. O exemplo disso é a concessão das linhas 8 e 9 de trens para a Via Mobilidade, empresa privada, há cerca de um ano e meio. Desde então, tem havido um aumento no número de problemas, como operações com velocidades reduzidas, falhas de energia elétrica e descarrilamentos.
A assembleia para definir a participação dos funcionários da Sabesp na greve geral está marcada para as 18h dessa terça-feira. A manifestação dos trabalhadores é uma resposta à tentativa do governo de privatizar serviços essenciais, o que afeta não apenas os trabalhadores, mas também a população que depende desses serviços.