Trabalhadores alagoanos são resgatados em condições de trabalho análogas à escravidão em fazenda de café no Espírito Santo.



Na última semana, uma ação conjunta entre o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Polícia Militar do Espírito Santo resultou no resgate de um grupo de trabalhadores alagoanos que estavam em condições de trabalho análogas à escravidão em uma fazenda de café no interior do estado. Segundo informações do MTE, os trabalhadores, provenientes de Penedo, no Baixo São Francisco, foram encontrados em situações precárias e relataram ameaças por parte do proprietário da fazenda.

A Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego em Alagoas emitiu uma nota informando que está coordenando esforços para garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores resgatados. A Secretaria de Assistência Social do Espírito Santo foi acionada para organizar o transporte e o retorno dos trabalhadores a Alagoas, assegurando que cheguem em segurança em suas casas.

A denúncia que desencadeou a operação de resgate foi feita por meio de um vídeo compartilhado nas redes sociais. Nele, a cozinheira Wagna Silva, de 43 anos, denunciou as condições desumanas enfrentadas pelo grupo. Os trabalhadores foram enganados sobre as condições de trabalho na fazenda e estavam vivendo em condições degradantes, dormindo no chão de concreto frio de uma casa insalubre.

Além disso, os trabalhadores afirmaram estar enfrentando dificuldades financeiras, pois não possuíam recursos para retornar a suas casas e a dívida só aumentava a cada dia. O Ministério Público do Trabalho (MPT) iniciou uma investigação sobre o caso, mantendo cautela para não atrapalhar as investigações em curso. O superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas, Cícero Filho, afirmou estar acompanhando de perto a denúncia e atuando em conjunto com outros órgãos para garantir apoio aos trabalhadores e suas famílias.

Cícero Filho também ressaltou a competência do Grupo Móvel do Ministério do Trabalho, especializado em combater crimes relacionados ao trabalho escravo. A investigação segue em andamento, com o objetivo de garantir a segurança e os direitos dos trabalhadores resgatados.

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