O Ministério Público do Trabalho (MPT) de Alagoas anunciou a abertura de uma investigação para apurar as circunstâncias do acidente. A análise do órgão visa compreender se Eraldo estava utilizando os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) essenciais durante a execução de suas tarefas. Além disso, o MPT irá apurar se outros trabalhadores da obra estão sendo devidamente equipados e cumprindo as diretrizes de segurança estabelecidas pela legislação trabalhista.
Com a denúncia protocolada, um dos procuradores do Trabalho será responsável por investigar o caso mais a fundo. O objetivo é identificar possíveis falhas de segurança tanto por parte do tomador quanto do prestador de serviço, visando responsabilizar qualquer negligência relacionada ao infeliz incidente.
Por outro lado, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) emitiu uma versão dos fatos baseada em depoimentos de testemunhas que afirmam que Eraldo, apesar de estar equipado com os EPIs, teria caído na lagoa ao tentar pular de uma plataforma para outra. O órgão garantiu que a fiscalização da obra ocorre diariamente e que todas as normas de segurança são seguidas rigorosamente pela construtora responsável.
No entanto, a família de Eraldo contesta a versão dada pelo DER. Segundo Aurilene Duarte Lopes, irmã do trabalhador desaparecido, Eraldo não teria pulado de uma plataforma para outra, mas sim caído devido à precariedade da estrutura oferecida pela empresa. Aurilene argumenta que o tablado de sustentação não aguentou, levando seu irmão a cair nas águas da lagoa. Ela também mencionou que outro incidente semelhante ocorreu no mês anterior, mas o trabalhador conseguiu se segurar, evitandouma tragédia maior.
Aurilene destacou que Eraldo era nascido e criado no Pontal da Barra e sabia nadar, indicando que a causa do desaparecimento pode estar relacionada às condições do equipamento e às circunstâncias do acidente, e não à falta de habilidades aquáticas. A investigação conduzida pelo MPT poderá ajudar a esclarecer esses pontos cruciais e prevenir novos acidentes no futuro.
O caso segue sendo acompanhado de perto tanto pelas autoridades competentes quanto pela família, que espera encontrar respostas sobre o que realmente ocorreu e garantir que medidas sejam tomadas para evitar que tragédias similares aconteçam com outros trabalhadores.