Toyota encerra produção no Brasil após desastre em fábrica de Porto Feliz; retomada pode levar meses e 6 mil empregos estão em risco.

A Toyota anunciou, na última quinta-feira, a suspensão das operações de todas as suas fábricas no Brasil, em resposta aos danos severos causados à sua unidade de produção de motores em Porto Feliz, São Paulo. O local foi afetado por uma intensa tempestade que trouxe ventos fortes, fenômeno este que especialistas denominaram de microexplosão atmosférica. O evento, ocorrido na segunda-feira, deixou a infraestrutura da fábrica em uma situação crítica. Esta unidade é reconhecida como a maior da América Latina e é responsável pela produção anual de aproximadamente 100 mil motores.

Com essa paralisação, as linhas de montagem dos populares modelos Corolla, Corolla Cross e Yaris, inclusive a versão destinada à exportação, estão suspensas. Além disso, o lançamento do novo Yaris Cross, programado para o próximo mês, foi adiado indefinidamente. A montadora revelou que a recuperação da produção poderá levar vários meses e, para minimizar os impactos da situação, está em busca de alternativas de fornecimento de motores com outras unidades da Toyota localizadas em diferentes países.

Embora a interrupção das atividades gerasse preocupações, a companhia afirmou que nenhum colaborador se feriu durante o incidente. Dessa forma, a Toyota está em diálogo com os sindicatos com o objetivo de proteger os mais de 6 mil empregos dos trabalhadores envolvidos. Conforme a situação se desenrola, é provável que os funcionários sejam colocados em férias coletivas até que um plano claro para o futuro seja estabelecido.

A montadora também expressou sua gratidão pelas manifestações de apoio recebidas de fornecedores, concessionários, clientes e até do governo, destacando a importância da solidariedade em momentos de adversidade. A Toyota demonstrou confiança na recuperação de suas operações no Brasil e reafirmou seu compromisso com o mercado local. A expectativa é que, com o tempo, a montadora consiga não apenas restaurar suas atividades, mas também continuar a contribuir para a economia brasileira e a geração de empregos na região.

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