A iniciativa, segundo o prefeito Masafumi Koki, busca prevenir o uso excessivo de dispositivos eletrônicos, que pode levar a problemas de saúde física e mental, como distúrbios do sono. Apesar de bem-intencionada, a proposta não prevê penalidades e é, na verdade, uma diretriz não vinculativa. Isso gerou uma série de reações nas redes sociais, desde críticas sobre a possibilidade de ser uma abordagem “irrealista” até uma defesa do papel dos smartphones na vida cotidiana dos jovens. Em resposta às reações, Koki ressaltou que a limitação de duas horas não é uma obrigação e que as diretrizes reconhecem a utilidade e a indispensabilidade dos smartphones no dia a dia.
Vale destacar que esta não é a primeira iniciativa do tipo no Japão. Em 2020, a prefeitura de Kagawa já havia aprovado uma legislação que limitava o uso de videogames a uma hora por dia durante a semana e a 90 minutos nas férias escolares. Nesse contexto, também havia restrições sobre o uso de smartphones, proibindo seu uso após as 21 horas para crianças menores de 12 anos, e até às 22 horas para adolescentes de 15 a 18 anos.
Dados recentes indicam que os jovens japoneses passam, em média, mais de cinco horas diárias online durante a semana, o que levanta preocupações sobre o impacto do uso excessivo de tecnologia na saúde e no bem-estar das crianças e adolescentes no país. A discussão em torno da proposta de Toyoake é um reflexo dessa preocupação crescente, mostrando a busca por um equilíbrio entre o uso saudável da tecnologia e as necessidades e direitos dos jovens.