O fenômeno foi classificado como EF3 na escala Fujita aprimorada, uma avaliação que indica ventos com velocidades entre 218 e 266 km/h. Essa medição foi feita pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), que também informou que a tempestade foi originada a partir de uma supercélula – uma formação meteorológica altamente instável, capaz de gerar tornados intensos. O cenário foi potencializado pelas condições climáticas de calor extremo, alta umidade e ventos em diversas direções.
Os danos causados pelo tornado foram catastróficos para a infraestrutura da região, devastando tanto áreas urbanas quanto rurais. Estruturas residenciais foram arrancadas do solo, veículos foram destruídos e árvores, assim como postes de energia, foram arremessados a longas distâncias. A situação levou centenas de moradores a necessitarem de atendimento médico, refletindo a gravidade do desastre.
Imagens que circulam nas redes sociais revelam uma cidade em pedaços, com ruas entulhadas de escombros. As equipes de resgate fazem esforços contínuos para localizar desaparecidos e prestar apoio às famílias desabrigadas. Muitas áreas ainda enfrentam cortes de energia elétrica e falhas na comunicação.
De acordo com o Simepar, este tornado é considerado um dos mais intensos já registrados na história recente do Paraná. Fenômenos dessa magnitude são raros na região; o último evento similar ocorreu em 2015, em Marechal Cândido Rondon. Em resposta à calamidade, o governo estadual mobilizou a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Exército, visando atender às necessidades das vítimas e iniciar o processo de reconstrução das áreas afetadas. Abrigos temporários foram organizados para as famílias desalojadas, e campanhas de arrecadação de alimentos, roupas e materiais de construção foram lançadas, demonstrando a solidariedade da comunidade diante dessa tragédia.









