O episódio de racismo contra Vini Jr não foi um caso isolado. Entre outubro de 2021 e março de 2023, o jogador brasileiro foi vítima de racismo em 10 jogos diferentes, sofrendo desde insultos nas arquibancadas até um boneco com seu uniforme pendurado enforcado em um viaduto em Madrid. Os ataques racistas contra o atleta são recorrentes em suas partidas fora de casa.
No jogo em questão, os torcedores do Valencia receberam o ônibus do Real Madrid com ofensas racistas direcionadas a Vini Jr. A partida teve que ser paralisada por oito minutos devido aos insultos racistas, mas o árbitro permitiu o reinício do jogo antes que as medidas disciplinares da Fifa pudessem ser aplicadas.
A intervenção do treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, também foi marcante. Ele criticou veementemente a postura da liga espanhola em relação ao racismo no futebol e defendeu a atitude de tirar o jogador de campo em situações como essa. Vini Jr, por sua vez, manifestou sua indignação nas redes sociais e cobrou ações efetivas contra o racismo, rejeitando hashtags vazias.
A repercussão do caso foi ampla, com instituições esportivas e governamentais tomando posição contra o racismo no futebol. O Real Madrid anunciou medidas legais contra os responsáveis pelas ofensas, enquanto a Real Federação Espanhola de Futebol anulou a expulsão de Vini Jr e puniu o Valencia com uma multa significativa e o fechamento parcial de seu estádio. Líderes políticos, como o ex-presidente Lula, e organizações internacionais, como a ONU, condenaram veementemente o episódio e exigiram ações mais efetivas no combate ao racismo nos eventos esportivos.
Diante desse cenário, o caso de racismo contra Vini Jr serviu como alerta para a gravidade do problema no futebol e a necessidade de medidas concretas para combatê-lo. A sentença dos torcedores do Valencia marca um precedente importante na luta contra a discriminação racial no esporte, mas ainda há muito a ser feito para garantir um ambiente seguro e inclusivo para todos os atletas.
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