Segundo informações obtidas pelo Metrópoles, o magistrado aponta “fortes indícios” de que o soldado cometeu crimes como lesão corporal dolosa e peculato, usando seu cargo para benefício particular. Após arremessar o entregador Marcelo Barbosa Amaral durante a abordagem policial, o soldado ainda teria cometido o crime de prevaricação.
Um vídeo gravado com celular mostra o momento em que Luan joga o jovem de 25 anos da ponte, mas a vítima ainda não foi ouvida pelas autoridades. As câmeras corporais dos policiais auxiliaram na investigação, revelando a dinâmica do ocorrido.
Após a divulgação do vídeo, um inquérito interno da Polícia Militar foi instaurado, e os policiais envolvidos na ocorrência omitiram informações no registro, alegando ter perseguido suspeitos em um baile funk. Apesar disso, a Secretaria da Segurança Pública nega a apresentação do caso à Polícia Civil.
Luan Felipe foi ouvido na Corregedoria da PM e teve sua prisão preventiva decretada. Em seu depoimento, o policial alegou que apenas queria levantar o jovem do chão, mas as imagens evidenciam uma conduta inaceitável para alguém responsável por proteger a integridade de outras pessoas.
A defesa do soldado argumenta que a prisão foi antecipada e que ele estava colaborando com as autoridades. O advogado Wanderley Alves questiona a falta de um processo penal democrático e o impacto do clamor social no caso, levantando dúvidas sobre a necessidade da prisão preventiva. O soldado permanece detido no presídio militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo, enquanto aguarda desdobramentos do caso.
