TJAL Realiza Audiência Pública para Investigar Contratação Indevida de Cartões de Crédito Consignado e Seus Efeitos nos Consumidores Alagoanos.



O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) promoverá uma audiência pública nesta segunda-feira (19), às 10h, com o objetivo de discutir a polêmica relacionada à contratação de cartões de crédito consignados. Este tema, que já resultou em uma enxurrada de processos judiciais no estado, suscita debates sobre a legalidade e a ética das práticas utilizadas na concessão desses produtos financeiros.

A audiência ocorrerá no Plenário da Corte, sob a relatoria do desembargador Fábio Ferrario, responsável pelo processo nº 0700226-12.2023.8.02.0006. Em abril deste ano, uma decisão unânime entre os desembargadores do TJAL foi alcançada, resultando na criação de um Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR). Essa medida pretende unificar a interpretação jurídica em casos semelhantes, trazendo mais clareza e segurança para consumidores e instituições.

Durante o evento, especialistas do setor jurídico, representantes de instituições financeiras e membros da sociedade civil arejarão suas opiniões e relatos. Um dos pontos centrais do debate será a análise de possíveis irregularidades na contratação desses cartões, em situações onde transações como compras, saques ou pagamentos adicionais estão atrelados a um único contrato. Tais práticas poderiam evidenciar má-fé ou vício na contratação do serviço.

Outro aspecto abordado será a responsabilidade dos bancos em relação aos danos, tanto materiais quanto morais, que possam ter sido provocados aos consumidores que viram seus salários ou benefícios prejudicados devido a essa situação. O resultado deste IRDR poderá influenciar significativamente uma série de ações judiciais semelhantes em Alagoas, promovendo uma decisão que poderá beneficiar, de forma coletiva, os cidadãos afetados.

Com a realização desta audiência, o TJAL demonstra seu compromisso em enfrentar essas questões, buscando não apenas sanar as dúvidas dos consumidores, mas também tornar o mercado financeiro mais transparente e justo. A expectativa é que a discussão reduza o número de litígios relacionados a esses cartões, promovendo uma cultura de maior responsabilidade por parte das instituições financeiras.

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