TJ-MG impõe multa a pai ausente, reforçando dever de convivência familiar e abrindo precedentes para responsabilização de pais que ignoram presença na vida dos filhos.

Um recente despacho do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) trouxe à tona uma importante discussão sobre a responsabilidade dos pais em manter a convivência familiar com seus filhos. A corte decidiu aplicar uma multa diária a um pai que não cumpria a ordem judicial que garantia seu direito de visitar o filho nos finais de semana e nas férias. Essa decisão representa um avanço significativo na percepção de que a convivência entre pais e filhos não é uma escolha, mas sim um dever, tanto legal quanto afetivo.

A decisão do tribunal destaca uma preocupação fundamental: a ausência de um pai em momentos cruciais da vida da criança pode ter impactos profundos em seu desenvolvimento emocional e psicológico. Isso fere um dos direitos basilares estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que assegura o direito à convivência familiar como um componente essencial para o bem-estar e a formação saudável da criança. Para os magistrados, o papel de um pai que decide se afastar da vida do filho não deve ser visto como uma opção, mas como uma responsabilidade inadiável.

Com essa nova abordagem, o TJ-MG não apenas reforça a necessidade de presença parental, mas também abre precedentes que podem ecoar por todo o Brasil. A possível aplicação de sanções financeiras a pais que desconsideram sistematicamente suas obrigações pode levar a uma mudança de comportamento, ao incentivar a presença ativa dos pais na vida de seus filhos.

Essa decisão evidencia a postura firme da justiça em face da parentalidade responsável, enviando uma mensagem clara: aqueles que negligenciam o papel que devem desempenhar na vida de suas crianças não ficarão impunes. Para muitos especialistas em direito familiar e psicologia, essa mudança pode transformar a forma como as famílias lidam com separações e divórcios, reforçando a ideia de que cuidar e participar da vida dos filhos é um ato que vai além do desejo individual, mas se torna uma exigência reconhecida pela legislação.

Esse marco legal pode sinalizar o início de uma nova era na busca por um ambiente familiar mais saudável e igualitário, em que o compromisso com as crianças prevaleça sobre a escolha de se afastar ou não. Assim, a justiça assume um papel proativo na proteção dos direitos dos menores, reafirmando que cada criança merece um pai presente em sua vida.

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