Os resultados do relatório são alarmantes. Em novembro de 2024, apenas 44% dos itens que deveriam ser monitorados com rigor estavam devidamente registrados. Esse percentual é um recuo alarmante de 69% em relação ao período anterior ao início do conflito em Gaza. As autoridades, ao conduzir a investigação, atribuírem as falhas à escassez de pessoal e às condições operacionais em constante mudança em Israel. Essas lacunas no rastreamento não apenas comprometem a supervisão dos equipamentos, mas também aumentam a possibilidade de que tecnologias militares sofisticadas desenvolvidas pelos Estados Unidos acabem nas mãos de adversários.
O relatório revelou que, entre outubro de 2023 e abril de 2024, não foi possível rastrear 42 envios que acumulavam mais de quatro milhões de munições, uma falha atribuída ao rápido uso desse material nas operações militares israelenses. Além disso, o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) e a Agência de Cooperação de Segurança de Defesa não conseguiram atender aos requisitos de supervisão estabelecidos pela legislação americana, gerando um clima de incerteza sobre a utilização desses armamentos.
Os investigadores recomendam que o CENTCOM realize a inspeção das operações de segurança em Israel em 2026. Essa recomendação foi aceita, indicando que mudanças poderão ser implementadas para mitigar os riscos associados à atual falta de controle. A revisão acontece em um contexto delicado, com um cessar-fogo mediado pelos EUA, que possibilitou a troca de reféns por prisioneiros palestinos. As implicações desse relatório delineiam não apenas os desafios enfrentados pelo Departamento de Defesa, mas também as complexidades éticas e políticas em torno do apoio militar americano a países em conflito.
