As forças de segurança jordanianas rapidamente isolaram a área do tiroteio, enquanto equipes médicas se apressaram para socorrer os feridos. Segundo relatos de testemunhas, o tiroteio aconteceu em um momento em que a embaixada israelense, que é altamente vigiada, estava cercada por protestos em razão da escalada do conflito na região. A Jordânia tem visto algumas das maiores manifestações pacíficas em sua história recente, intensificadas pela guerra e pela situação dramática dos palestinos.
A Jordânia abriga uma significativa população de origem palestina, composta por aproximadamente 12 milhões de cidadãos, muitos dos quais têm laços diretos com os eventos que se desenrolaram após a criação de Israel em 1948. Durante essa época, muitos foram expulsos ou fugiram para o país, um legado que continua a influenciar a política e a dinâmica social do Reino.
O atual conflito entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro de 2023, quando forças israelenses sofreram um ataque sem precedentes, seguido pela entrada de militantes do Hamas em áreas de fronteira, resultando em uma série de enfrentamentos violentos e sequestros. Em resposta, Israel lançou a Operação Espadas de Ferro, que resultou em uma série de ataques aéreos e um bloqueio severo à Faixa de Gaza, com consequências devastadoras para a população local. Dados do Ministério da Saúde de Gaza apontam que mais de 43.500 palestinos perderam a vida desde o início das hostilidades, com mais de 102.000 feridos.
O tiroteio em Amã evidencia as repercussões do conflito israelense-palestino em várias partes da região, incluindo a Jordânia, que está preocupada com a possibilidade de desestabilização e conflitos mais amplos que poderiam irromper. As manifestações no país e a violência nas fronteiras podem servir como um termômetro para o descontentamento popular e a pressão sobre o governo jordaniano em relação a sua postura diante do conflito.