Um dos pontos centrais da crítica é a idade do presidente, que completou 80 anos em outubro. Embora Lula tenha se destacado por suas habilidades políticas, a publicação argumenta que sua idade representa um risco significativo para a nação. Afirmou que “carisma não é escudo contra o declínio cognitivo”. Além disso, o editorial faz uma comparação com o ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que optou por não se candidatar novamente. A revista sugere que Lula poderia consolidar seu legado ao abrir mão de uma nova candidatura.
A análise não se restringe apenas à questão geracional. A revista também critica as políticas econômicas do Partido dos Trabalhadores, considerando-as medíocres e concentradas em auxílio social, enquanto observa um aumento da carga tributária sobre as empresas. Apesar dessas críticas, há um reconhecimento da reforma tributária promovida por Lula, que agradou ao setor empresarial. Contudo, a revista aponta que ele não enfrenta adversários sérios nas esferas central e esquerda que possam desafiá-lo nas próximas eleições.
O editorial ainda aproveita para criticar a escolha do ex-presidente Jair Bolsonaro, que apoia o senador Flávio Bolsonaro como candidato, sendo este descrito como impopular e ineficaz, e provavelmente incapaz de vencer Lula. Alternativas ao candidato da família Bolsonaro são mencionadas, incluindo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, considerado uma figura competente e ponderada.
Diante desse cenário, a revista sugere a necessidade de um esforço conjunto dos partidos de direita para encontrar um candidato que possa unir as forças e superar a polarização existente entre Lula e Bolsonaro. O apoio a uma figura moderada que respeite as liberdades civis, promova o desenvolvimento econômico e mantenha o estado de direito é visto como fundamental para o futuro político do Brasil.
Por fim, o editorial conclui que o Brasil enfrenta um momento decisivo em 2026, com um panorama incerto que exige reflexão cuidadosa sobre as escolhas que afetam o futuro da nação.







