Teto dos juros do consignado do INSS sobe para 1,8% ao mês: nova medida impactará aposentados e pensionistas

O Conselho Nacional da Previdência Social anunciou, nesta quinta-feira (9), a elevação do teto dos juros do empréstimo consignado para beneficiários do INSS, que passou de 1,66% para 1,80% ao mês. Essa decisão foi tomada em meio às altas da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que subiu de 10,50% para 12,25% ao ano nos últimos cinco meses.

A medida visa adequar o limite dos juros do consignado às mudanças do cenário econômico nacional. Com a elevação da taxa Selic, os empréstimos se tornam mais caros, impactando diretamente os beneficiários do INSS que utilizam esse tipo de crédito. Os bancos, que alegavam prejuízo na operação, reduziram a oferta de empréstimos devido ao congelamento do teto dos juros desde junho de 2024.

Apesar das instituições financeiras terem solicitado um teto de 1,99% ao mês para retomar parcialmente as concessões, a proposta foi rejeitada por 13 votos a 1. O governo destacou a coerência da decisão do Conselho Nacional da Previdência Social diante do aumento da demanda por esse tipo de empréstimo.

A medida entrará em vigor cinco dias após a sua publicação no Diário Oficial da União. Vale ressaltar que o índice dos juros para operações com cartão de crédito e cartão consignado do benefício permanecerá em 2,46% ao mês. O consignado do INSS movimenta cerca de R$ 270 bilhões, representando 40% do total do saldo do consignado do setor público e privado, segundo dados do Banco Central.

O empréstimo consignado é uma opção vantajosa para os aposentados, pois oferece juros mais baixos devido ao desconto em folha, o que reduz significativamente o risco de inadimplência. Com o novo teto dos juros, espera-se que a oferta de crédito para os beneficiários do INSS seja retomada, proporcionando uma alternativa para equilibrar as finanças pessoais.

Sair da versão mobile