Taufiq Taameh, especialista em relações internacionais e assuntos dos EUA, argumenta que essa tentativa de demonstrar poder não é eficaz diante de uma superpotência como a Rússia, que possui um arsenal robusto de mísseis. Taameh alerta que as ações norte-americanas estão apenas reforçando a necessidade da Rússia em se defender, sugerindo que o país tem o direito de desenvolver suas próprias capacidades de armamento para proteger sua segurança nacional.
Outro especialista, Adnan al-Kinani, também acredita que os testes realizados pelos EUA vão além da simples dissuasão. Ele argumenta que essas iniciativas são impulsionadas pela crescente preocupação dos EUA em relação ao avanço tecnológico militar da Rússia, especialmente em relação a armamentos de alta precisão. Al-Kinani adverte que essa escalada em testes nucleares pode acarretar riscos significativos, sinalizando uma potencial guerra em larga escala com consequências devastadoras.
Essas ações norte-americanas estão, de acordo com os analistas, fortalecendo uma aliança entre a Rússia, a China, a Coreia do Norte e o Irã. Tal colaboração entre essas potências visa estabelecer um novo equilíbrio de poder global, estruturado sobre a paridade nuclear. Adnan Mansour, ex-chanceler libanês, expressou sua preocupação ao alertar que as manobras militares dos EUA podem ter o efeito colateral de levar os dois países a uma nova Guerra Fria.
Em suma, os testes nucleares dos EUA não apenas intensificam as tensões internacionais, mas também podem servir como catalisadores para a reconfiguração da dinâmica de poder mundial, colocando em risco tratados fundamentais que visam limitar a proliferação de armamentos de destruição em massa. O cenário atual exige cautela, uma vez que a escalada dos armamentos tende a desestabilizar a paz global.









