Tesouro Nacional capta US$ 4,5 bilhões com emissão de títulos soberanos em dólares no mercado internacional, liderada por bancos renomados.

O Tesouro Nacional anunciou nesta quinta-feira a captação de US$ 4,5 bilhões com a emissão de dois títulos soberanos em dólares, no mercado internacional. A operação envolveu a venda de títulos com vencimentos em 15 de março de 2034 e 13 de maio de 2054, no valor de US$ 2,25 bilhões cada.

De acordo com o Tesouro Nacional, o título com vencimento em 2034 teve uma taxa de retorno para o investidor de 6,35% ao ano, o que equivale a um spread de 225 pontos acima da título do tesouro americano, referência para o mercado. Já o título com vencimento em 2054 teve uma taxa de retorno para o investidor de 7,15% ao ano, correspondente a um spread de 282 pontos.

Em comunicado, o Tesouro Nacional afirmou que o objetivo da operação é dar continuidade à estratégia de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, fornecendo referência para o setor corporativo, além de antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira.

A liderança na operação ficou a cargo dos bancos Citigroup, Scotiabank e UBS Investment Bank. A liquidação financeira está prevista para ocorrer em 29 de janeiro de 2024.

Essa captação de recursos por meio da emissão de títulos soberanos em dólares representa uma estratégia do Tesouro Nacional para fortalecer a presença do Brasil no mercado internacional, além de antecipar a cobertura de vencimentos em moeda estrangeira. Com a oferta dos títulos com diferentes prazos de vencimento, o Tesouro busca dar mais opções aos investidores e promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar.

Essa movimentação do Tesouro Nacional reflete a busca por alternativas para o financiamento da dívida pública, em um contexto de forte presença de investidores estrangeiros no mercado de títulos soberanos brasileiros. Além disso, a operação contribui para a formação de referência para o setor corporativo, ao mesmo tempo em que fortalece a presença do Brasil no mercado internacional de capitais.

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