Com a queda nas vendas, decisões confusas sobre produtos, reduções de preços e demissões, as ações da Tesla despencaram mais de 40%, tornando este ano particularmente difícil para a empresa de Musk. E as expectativas para o próximo balanço trimestral não são animadoras: espera-se um recuo de 40% no lucro operacional e o primeiro declínio nas receitas desde 2020, o pior desempenho em sete anos, de acordo com o jornal britânico Financial Times.
Em meio a esse cenário desafiador, Elon Musk vem apostando no conceito de veículo autônomo, conhecido como robotáxi. Embora a ideia não seja nova na Tesla, a falta de infraestrutura e de aprovação para testes em vias públicas tem gerado dúvidas sobre a viabilidade desse projeto. Ainda assim, Musk está determinado a transformar os robotáxis em uma realidade e está promovendo test drives e testes gratuitos para promover o recurso.
A estratégia da Tesla tem sido questionada por funcionários, investidores e analistas, especialmente após a perda de quase US$ 350 bilhões em valor de mercado em apenas quatro meses. A empresa, que ainda possui uma valuation superior à da General Motors e da Ford, está passando por um período de reavaliação de suas direções e planos futuros.
Enquanto Musk nega mudanças no plano do Model 2, um carro elétrico mais barato, em favor dos robotáxis, o lançamento de um táxi autônomo da Tesla em agosto está gerando expectativas. A construção de data centers para processar as imagens capturadas pelos veículos e treinar os sistemas de direção também evidencia a aposta da empresa nesse novo segmento de mercado.
Com desafios regulatórios e financeiros pela frente, a Tesla enfrenta um momento crucial em sua jornada rumo à inovação e transformação do setor automotivo. A expectativa é de que os próximos meses sejam decisivos para o futuro da empresa e para o legado de Elon Musk como um dos visionários mais ousados do nosso tempo.
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