Terremoto de magnitude 6,8 deixa mais de 820 mortos e causa desabamento de edifícios em Marrocos



Um poderoso terremoto de magnitude 6,8 atingiu Marrocos na noite de sexta-feira, resultando na morte de pelo menos 820 pessoas. O epicentro do tremor foi registrado próximo à cidade turística de Marrakech, e vários edifícios desabaram como consequência. Segundo o Ministério do Interior, há 672 pessoas feridas, sendo 205 em estado grave.

A população foi aterrorizada pelo abalo sísmico, e muitas pessoas fugiram de suas residências no meio da noite. O terremoto causou o colapso de diversos prédios nas províncias de al Haouz, Taroudant, Chichaoua, Ouarzazate e Marrakech, localizadas no sudoeste do país. O tremor foi sentido por centenas de quilômetros de distância, chegando até a capital Rabat e cidades costeiras como Casablanca e Essaouira, além de alcançar a Argélia.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o terremoto teve magnitude 6,8 e ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilômetros. O epicentro foi registrado a 71 quilômetros a sudoeste de Marrakech, às 23h11 (horário local). Moradores relataram a sensação de um tremor muito violento, com prédios se movendo e uma falta de preparo para lidar com a situação. Muitas pessoas saíram às ruas em estado de choque e pânico, enquanto crianças choravam e os pais se sentiam indefesos.

A imprensa marroquina classificou esse como o terremoto mais forte já registrado no país. As autoridades do Ministério do Interior garantem que estão mobilizando todos os recursos necessários para intervir e ajudar nas áreas afetadas. Os hospitais de Marrakech receberam um grande número de feridos, e um apelo para doações de sangue foi lançado pelo centro de transfusão local.

Vídeos gravados em Marrakech mostram moradores saindo de edifícios apavorados com os tremores, escombros caindo e carros cobertos de pedras. Um minarete de uma mesquita desabou na famosa praça Jemaa el Fna, no coração de Marrakech, causando ferimentos em duas pessoas. Centenas de pessoas passaram a noite nessa praça, temendo tremores secundários.

A Espanha, vizinha do Marrocos, ofereceu ajuda por meio de equipes de resgate e reconstrução. A França, que possui uma grande população de origem marroquina, manifestou solidariedade e enviará bombeiros para auxiliar nos resgastes. Rússia, Ucrânia, Turquia e União Africana também ofereceram suas condolências e solidariedade. O reino alauita é propenso a terremotos devido à sua localização entre as placas africana e euroasiática.

A tragédia deixa o país em luto, com a perda de centenas de vidas. Em 2004, outro terremoto atingiu o país, resultando na morte de 628 pessoas e deixando 926 feridos na cidade de al-Hoceima. As autoridades marroquinas estão agora focadas em prestar socorro às vítimas e amenizar os danos causados pelo tremor.

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