“Nós estamos vivendo um momento muito difícil para os nossos cidadãos. Agora é o momento de ajudar uns aos outros e salvar o maior número de vidas possível. Minhas condolências a todos que perderam uma pessoa amada”, escreveu o jogador de 24 anos em sua conta oficial no Instagram, acompanhado de uma foto da bandeira do Marrocos.
Apesar da tragédia, a Confederação Africana de Futebol decidiu manter o jogo contra a Libéria. A partida acontecerá em Agadir, cidade que fica a cerca de 170 quilômetros a sudoeste do epicentro do terremoto, próximo à cidade de Ighil, na província de Al Haouz. O terremoto, que alcançou a magnitude de 6.8, a maior nos últimos 120 anos no Marrocos, causou a destruição de vilas da região da Cordilheira do Atlas, além da histórica cidade de Marrakesh. Até o momento, mais de 800 mortes foram registradas.
A seleção marroquina chegou a Agadir na manhã de sexta-feira e realizou um treinamento no Estádio Adrar no período da tarde. Antes disso, o treinador Walid Regragui e o capitão Romain Saïss concederam uma coletiva de imprensa. A equipe já está classificada para a Copa Africana das Nações e, nesta partida, apenas cumprirá tabela. Porém, após a histórica campanha na Copa do Mundo do Catar em 2022, na qual chegou às semifinais, sendo eliminada pela França, o Marrocos é considerado um dos favoritos para vencer o torneio continental.
Diante das circunstâncias adversas e das notícias tristes que atingem o país, os jogadores marroquinos entrarão em campo neste sábado com o desejo de trazer um pouco de alegria e esperança ao povo. A partida contra a Libéria representa mais do que um jogo de futebol; é uma oportunidade para unir a nação e oferecer um escape diante dos momentos difíceis vividos após o terremoto.
É importante destacar que, apesar do feito histórico na última Copa do Mundo, o espírito de solidariedade e apoio é o que realmente importa neste momento. O esporte, em especial o futebol, tem o poder de unir pessoas e ajudar na superação de dificuldades. Que o duelo entre Marrocos e Libéria seja um símbolo de esperança em meio à tragédia que o país enfrenta, e que juntos, marroquinos e demais nações africanas, possam se recuperar e reconstruir o que foi destruído.