Terceira Vara Penal do Tribunal Superior Nacional anula julgamento de Keiko Fujimori e outros réus por financiamento ilegítimo de campanha.



Na última semana, a Terceira Vara Colegiada Penal do Tribunal Superior Nacional gerou grande repercussão ao aceitar o pedido da política peruana Keiko Fujimori para anular o julgamento oral de sua campanha presidencial em 2011. A decisão também beneficiou outros 30 réus ligados ao caso, que ficou conhecido como “Caso Coquetéis”.

O julgamento que envolvia Fujimori e outros 40 réus vinculados ao Força Popular teve início em julho de 2024 e chamou a atenção da mídia internacional. Keiko, filha do ex-ditador peruano Alberto Fujimori, governou o Peru de 1990 a 2000 e acabou tendo sua trajetória política manchada por acusações de financiamento ilícito de sua campanha.

A acusação sustentava que o dinheiro arrecadado por meio de coquetéis, daí o nome do caso, ultrapassava os valores declarados e que parte desses recursos ilegais teria vindo da empresa brasileira Odebrecht. A promotoria argumentava que havia contribuições feitas por terceiros para burlar a fiscalização.

A base da anulação do julgamento foi a presença de inconsistências na acusação que impossibilitariam um prosseguimento justo do processo. O juiz Max Vengoa, que proferiu o veredito, destacou a importância de evitar a arbitrariedade em casos judiciais.

Com a decisão do tribunal, o processo contra Keiko Fujimori retorna à fase de controle da acusação, etapa em que o juiz decide se o caso deve ou não ir a julgamento. A política, que concorreu quatro vezes à presidência do Peru e em 2021 foi derrotada por Pedro Castillo, enfrenta mais uma reviravolta em sua carreira política.

Vale ressaltar que Alberto Fujimori faleceu no ano passado após cumprir parte de sua pena de 25 anos por violações dos direitos humanos. O legado político da família Fujimori continua a gerar polêmica e a movimentar a cena política internacional.

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