Tentativa fracassada de execução de assassino em série em Idaho levanta debate sobre pena de morte nos Estados Unidos.

Na noite de quarta-feira (28), a execução de Thomas Creech, um assassino em série de 73 anos, no estado de Idaho, foi cancelada após tentativas malsucedidas de administrar a substância letal. A equipe médica tentou, sem sucesso, inserir o acesso intravenoso para aplicar as drogas que tirariam a vida de Creech, que permaneceu na câmara de execução por uma hora.

De acordo com o diretor do Departamento de Correção de Idaho (Idoc), Josh Tewalt, o cancelamento ocorreu após oito tentativas frustradas de inserir o acesso nos braços e pernas de Creech. Em declaração na Instituição de Segurança Máxima de Idaho, ao sul da capital Boise, Tewalt afirmou que ainda não há previsão para uma nova tentativa de execução.

A repórter Brenda Rodríguez, do canal local KTVB, foi autorizada a testemunhar a situação e relatou que Creech não demonstrou sentir dor intensa durante as tentativas. Em certo momento, o condenado mencionou sentir um leve incômodo nas pernas. Ao ser interrompida a execução, ele estava olhando para cima e, segundo Rodríguez, aparentava estar aliviado.

Creech foi condenado à morte por assassinar seu companheiro de cela em 1981 e estava no corredor da morte por mais de 40 anos. Caso a execução fosse realizada com sucesso, ele seria a primeira pessoa a ser executada em Idaho em mais de uma década.

Nos Estados Unidos, falhas em execuções por injeção letal não são incomuns. O Centro de Informações sobre a Pena de Morte aponta que a maioria dos casos envolvem dificuldades na inserção das agulhas. Apesar disso, o estado do Texas planeja executar Iván Cantú, de 50 anos, condenado por um assassinato em 2001.

Uma pesquisa do instituto Gallup mostrou que 53% dos americanos apoiam a pena de morte para condenados por assassinato. Ainda não há informações sobre os próximos passos em relação à execução de Thomas Creech, que continua aguardando sua sentença final.

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