Tentativa de Homicídio em Maceió Envolve Acusação de Macumba e Adolescente se Defende com Canivete

Na tarde da última quinta-feira, 12, um incidente alarmante ocorreu em Maceió, onde um homem, com um passado marcado por transtornos mentais e dependência de substâncias, foi esfaqueado na região abdominal. O ataque, supostamente motivado por desavenças relacionadas a rituais religiosos, resultou em ferimentos graves e culminou na necessidade de transferência imediata do paciente para o Hospital Geral do Estado (HGE).

A protagonista deste episódio dramático é uma adolescente de 17 anos, que alegou ter agido em legítima defesa. A situação começou a se desenrolar na área do Conjunto Aprígio Vilela, onde a polícia militar foi acionada após informações sobre uma possível agressão. Ao chegar ao local, os policiais encontraram o homem caído, com ferimentos cobertos por esparadrapos, aplicados por alguns moradores que tentaram ajudá-lo antes da chegada da equipe de emergência.

Relatos de testemunhas indicam que o homem apresentava sinais visíveis de confusão mental e estava tentando acender um cigarro com um isqueiro quando foi abordado. Ele imediatamente acusou uma ex-cunhada, a mãe da adolescente, de ter desferido os golpes, alegando que ela estaria realizando rituais de “macumba” contra ele. Durante a confusão, proferiu xingamentos que evidenciavam um clima de tensão exacerbado.

Investigações adicionais levaram os policiais até a residência da mãe da adolescente, onde foram recebidos por seu companheiro, que informou que a mulher havia sido ameaçada em várias ocasiões pelo homem agredido, e que existiam diversos registros de boletins de ocorrência a respeito. Nesta mesma casa, a jovem afirmou que havia agido em defesa de sua mãe, alegando que o homem havia a pressionado enquanto portava uma pedra e uma faca preta.

De acordo com a versão da adolescente, ela estava indo em direção à casa da mãe quando se deparou com o homem. Ao sentir-se ameaçada, decidiu reagir e, em um momento de extrema defesa pessoal, usou um canivete, resultando na lesão abdominal do homem.

Populares corroboraram a narrativa da jovem, destacando que o homem frequentemente provocava desordens na comunidade. O estado de saúde do ferido era crítico, exigindo que fosse levado rapidamente para atendimento médico. Enquanto isso, a adolescente foi detida e levada à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acompanhada pelos pais, para prestar esclarecimentos sobre os acontecimentos que levaram à tentativa de homicídio. O caso levanta questões complexas sobre violência, comportamento humano e dinâmica familiar em situações de conflito.

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