Imagens do acontecimento mostram o carro presidencial sendo cercado por manifestantes, com gritos de alerta ecoando entre eles, pedindo que Noboa se abaixasse. Apesar da violência do ataque, que incluiu disparos e o lançamento de pedras, o presidente saiu ileso. O governo equatoriano confirmou os danos no veículo, que apresentava marcas de bala visíveis.
Em um comunicado oficial, a Presidência reafirmou que os ‘desestabilizadores’ não conseguiram impedir os esforços do governo em atender as necessidades das comunidades. A ministra do Meio Ambiente, Inés Manzano, apresentou uma denúncia por tentativa de assassinato contra Noboa, e cinco indivíduos foram detidos, enfrentando acusações de terrorismo e tentativa de homicídio. A resposta do governo foi de que todos os envolvidos no ataque seriam responsabilizados legalmente.
O ataque ocorre num contexto de crescente agitação social no Equador. O combustível teve um aumento significativo de preço, passando de US$ 1,80 para US$ 2,80 por galão, gerando revolta entre agricultores, transportadoras e comunidades indígenas. A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), que representa a principal organização indígena do país, negou qualquer participação no ataque, alegando que o governo tem utilizado força excessiva contra manifestantes pacíficos.
Ainda assim, a Secretaria-Geral de Comunicação anunciou que o presidente Noboa manterá sua agenda de compromissos oficiais. Esta é a segunda tentativa de assassinato contra o presidente desde que assumiu o cargo, lembrando intenção de ataques por parte de organizações criminosas já identificadas anteriormente. A escalada da violência política no Equador traz à tona um clima de insegurança e um desafio ético para a administração atual, que continua tentando implementar reformas essenciais em meio a um cenário turbulento.









