Especialistas em relações internacionais têm analisado essa situação crítica, discutindo o papel fundamental dos Estados Unidos como aliado de Israel. Desde a intensificação do conflito com o grupo palestino Hamas, que começou em outubro de 2023, a posição dos EUA tornou-se ainda mais controversa. Pesquisadores afirmam que Washington, durante décadas, tem adotado um apoio quase incondicional a Israel, ignorando frequentemente abusos de direitos humanos. O suporte militar financeiro dos EUA também é significativo – estimativas indicam que desde 1948, Israel recebeu cerca de 150 bilhões de dólares em assistência militar.
Os recentes desenvolvimentos geraram debates sobre se os EUA ainda exercem controle sobre Israel ou se, na verdade, estão perdendo essa influência. No contexto atual, analistas destacam que a postura do governo Biden em relação a Netanyahu tem sido caracterizada por uma permissividade que impressiona. Além disso, a recente ajuda militar norte-americana, incluindo a transferência de sofisticados sistemas de armamentos para Israel, reforça a ideia de um apoio contínuo e intenso.
Entretanto, a desproporção nos conflitos armados, evidenciada pelos ataques massivos a civis, está prejudicando a imagem dos Estados Unidos na região e limitando sua capacidade de atuar como mediador. A incoerência na política americana — que apoia Israel enquanto também financia forças militares de outros países — cria um vácuo de influência que tem sido gradualmente preenchido por potências como China e Rússia, que buscam estabelecer laços mais sólidos na região, contrastando com a abordagem norte-americana que, segundo críticos, se mostra cada vez mais inadequada.
Com a aproximação das eleições nos EUA, observa-se um cenário em que as mudanças na política externa são improváveis, independentemente de quem assuma o controle do governo, visto que essa estrutura militar e de apoio a Israel é profundamente enraizada nas práticas atuais.