Um dos fatores mais preocupantes está relacionado ao aumento dos ataques do movimento hutí, no Iémen, contra navios mercantes que transitam pelo Mar Vermelho. Desde o final de 2023, muitos embarcações mudaram suas rotas devido a esses ataques, que utilizam mísseis e drones, resultando em um congestionamento no transporte marítimo e, consequentemente, em elevações nos custos de frete e nas cadeias de suprimentos globais. Os líderes hutíes já declararam que continuarão atacando até que Israel suspenda suas operações na Faixa de Gaza.
Paralelamente, a política comercial do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem gerado apreensão no mercado. Em declarações recentes, Trump insinuou a imposição de tarifas sobre os produtos importados a partir de sua reeleição, o que provocou uma corrida por antecipação de envios por parte de diversas empresas. Embora essas manobras possam levar a uma redução temporária no impacto dos preços, especialistas indicam que as tarifas, caso implementadas, teriam um efeito inevitável sobre os custos de produção e sobre o comércio internacional.
Esse cenário não é apenas uma preocupação para os fornecedores, mas também para os consumidores, que podem sentir os efeitos das altas de preço nas prateleiras dos supermercados e lojas. A pressão sobre as cadeias de suprimentos e as incertezas no ambiente econômico elevam o temor de que a inflação possa se tornar um problema ainda maior em um futuro próximo. As dificuldades em garantir um fluxo constante de mercadorias fortalecerão a necessidade de estratégias eficazes para mitigar o impacto socioeconômico, em um momento em que a confiança dos consumidores é crucial para a recuperação econômica.