O Hamas também divulgou a lista de 39 prisioneiros que serão libertados em troca: seis mulheres e 33 menores de idade. O Hamas acusou Israel de não permitir a entrada de caminhões de ajuda humanitária no Norte da Faixa de Gaza, questionando também os critérios de seleção para a libertação dos presos palestinos. Segundo o Hamas, dos 340 caminhões de ajuda que entraram em Gaza desde sexta-feira, apenas 65 teriam chegado ao norte do enclave palestino, menos da metade do acordado.
Israel, por sua vez, chegou a ameaçar “retomar as operações de guerra” se o Hamas não cumprisse o acordo e soltasse os reféns até a meia-noite deste sábado (19h no horário de Brasília). Israel alegou que a demora na entrada de ajuda no enclave palestino teria ocorrido devido ao tamanho reduzido do cruzamento de Kerem Shalom.
Após horas de espera, o Catar e o Egito, que estão envolvidos diretamente no acordo entre Israel e o Hamas, juntamente com os Estados Unidos, mediaram as negociações e os reféns puderam, finalmente, ser entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Originalmente, o grupo a ser libertado neste sábado teria 14 israelenses, em troca de 42 prisioneiros, mas a imprensa local já havia alertado que os números poderiam ser reduzidos após entraves nas negociações com o Hamas.
Por outro lado, uma fonte próxima ao Hamas afirmou que os reféns foram parados em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, e não conseguiram partir para Rafah, a passagem fronteiriça com o Egito.
Na sexta-feira, o Hamas entregou um primeiro grupo de 13 reféns israelenses, além de 10 tailandeses e um filipino que não faziam parte do acordo inicial, ao CICV para serem levados a Israel através do Egito. Por seu lado, Israel libertou 39 prisioneiros palestinos, um grupo composto por mulheres e menores de 18 anos.
A trégua de quatro dias, conquistada na quarta-feira, prevê a libertação de um total de 50 reféns israelenses, dos mais de 200 cativos em Gaza, e de 150 palestinos presos em Israel. Esta pausa nos combates inclui também a entrada humanitária e de combustível em Gaza.









