Tensões aumentam entre Israel e Iêmen: Houthis atacam usina elétrica em retaliação a bombardeios israelenses. Situação preocupa comunidade internacional.

Recentemente, um porta-voz militar dos houthis fez uma declaração surpreendente sobre um ataque bem-sucedido a uma usina elétrica em Israel. De acordo com Yaya Saré, as Forças Armadas do Iêmen lançaram um míssil balístico hipersônico Palestina 2 contra a usina Orot Rabin, localizada ao sul de Haifa, nos territórios palestinos ocupados. A ação foi uma resposta aos bombardeios realizados por Israel em centrais elétricas na capital do Iêmen, Sanaa, e na cidade ocidental de Hodeida.

O objetivo do ataque, segundo Saré, era apoiar a Faixa de Gaza da Palestina, demonstrando que as capacidades militares dos houthis estão em constante evolução. Desde dezembro passado, o líder do Ansar Allah revelou que suas forças utilizaram mais de mil mísseis e drones para atacar Israel desde novembro de 2023.

O movimento Ansar Allah, com apoio do Irã e controle parcial do território do Iêmen, iniciou uma campanha de ataques a navios mercantes supostamente relacionados a Israel. O objetivo era impedir a passagem desses navios pelo mar Arábico e Vermelho até que a Faixa de Gaza recebesse os suprimentos necessários.

Em resposta a esses ataques, os Estados Unidos e seus aliados têm realizado operações na região, incluindo bombardeios em solo iemenita para deter os houthis e garantir a liberdade de navegação. No entanto, os altos funcionários do Ansar Allah afirmaram que continuarão com suas operações militares até que Israel cesse sua “agressão contra o povo palestino”.

Esses eventos têm gerado preocupações quanto à segurança na região, tendo em vista que várias companhias marítimas optaram por contornar a África para evitar possíveis ataques, o que tem causado atrasos e aumentado os custos de transporte. A situação permanece tensa, com ambas as partes envolvidas prometendo continuar suas operações militares em nome de seus interesses.

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