A sessão da Câmara Municipal de Maceió, nesta quarta-feira (29), foi marcada por tensão e surpresa. A Mesa Diretora recebeu, de última hora, um ofício da Controladoria-Geral do Município determinando o reenvio das contas da gestão de 2020 do então prefeito Rui Palmeira (PSD), hoje vereador de oposição. O pedido, segundo Rui, teria partido diretamente do prefeito João Henrique Caldas (JHC) e seria uma manobra política para intimidá-lo.
“Recebi com surpresa a notícia de que o prefeito João Henrique Caldas enviou à Câmara a aprovação das minhas contas da gestão de 2020. Ainda faltam alguns anos, prefeito, de 2013 até 2019. Deveria aproveitar e mandar todas as minhas contas para esta Casa”, ironizou o vereador, durante discurso em plenário.
O parlamentar classificou a atitude como “perseguição política” e afirmou que o chefe do Executivo “não sabe lidar com críticas”. Rui Palmeira disse que JHC tem usado o aparato da Prefeitura para retaliar adversários e silenciar vozes contrárias.
“O prefeito João Caldas tem extrema dificuldade com a crítica. Me processou porque questionei a contratação de um robozinho que prometia acabar com os alagamentos de Maceió. Quando critiquei os investimentos do IPREV no Banco Master e no Nest Eagle, recebi uma notificação do próprio IPREV para prestar esclarecimentos. E agora, em mais uma tentativa de perseguição, ele encaminha à Câmara a análise das minhas contas”, afirmou.
Nos bastidores da Casa de Mário Guimarães e nas redes sociais, a medida repercutiu como um movimento coordenado para desgastar o ex-prefeito, que tem feito duras críticas à condução da atual administração municipal.
Ao encerrar o discurso, Rui Palmeira reforçou que continuará fazendo oposição e fiscalizando a gestão de JHC. “Não irei me calar. Seguirei na minha luta em prol da população de Maceió. A perseguição não vai me intimidar”, declarou o vereador.
 
  
 








