O primeiro incidente ocorreu no mês passado, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidiu que Jair deveria usar tornozeleira eletrônica. A reação de Michelle foi bastante exaltada; ela tentou pegar o celular de um agente da PF, um ato que quase a levou a ser presa em flagrante. Essas situações, que se desenrolaram durante uma operação de busca e apreensão, foram filmadas e, segundo relatos, quase foram divulgadas publicamente.
Logo após essa ação, a controvérsia aumentou quando Jair e seu filho, Eduardo Bolsonaro, sugeriram que um pen drive encontrado no banheiro de sua residência poderia ter sido “plantado” pelos policiais. A ex-primeira-dama, demonstrando seu apoio e fé durante este momento conturbado, recorreu à sua conta no Instagram para compartilhar um versículo bíblico: o Salmo 33, que menciona a alegria de um povo sob a proteção divina. Essa postagem foi interpretada por muitos como uma mensagem simbólica diante da crise que estão enfrentando.
As restrições impostas pela Justiça a Jair Bolsonaro são severas e incluem a proibição de acesso a redes sociais, vedação de contato com diplomatas estrangeiros e comunicação com outros investigados da operação. O ministro Moraes ainda expressou preocupação com a possibilidade de Jair tentar fugir, uma hipótese que a defesa do ex-presidente refutou.
No mesmo dia da operação, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) se manifestou criticamente sobre a atuação da PF. Ela relatou que Michelle estava de pijama no momento da abordagem e sentiu que ela foi desrespeitada. Damares questionou a necessidade do uso de força policial em uma situação que poderia, segundo ela, ter sido tratada com mais dignidade. “Hoje eu vi a humilhação. Se era apenas para colocar a tornozeleira, por que entrar fortemente armados?”, indagou, enfatizando seu desejo de que imagens do evento não fossem divulgadas.