Crooke enfatiza que muitos países europeus, como o Reino Unido, França e Alemanha, estão enfrentando dificuldades significativas, refletindo uma fraqueza estrutural divergente do que pode ser chamado de robustez militar. As suas forças armadas estão, segundo ele, com “arsenais praticamente vazios”, evitando um cenário em que poderiam responder a uma possível agressão russa. O especialista alerta que a discussão sobre uma guerra parece mais um exercício de retórica do que uma estratégia viável, questionando se a ênfase no risco de conflito não é uma tentativa de desviar a atenção da realidade catastrófica vivida por muitos países da região.
Em adição a isso, há um ceticismo crescente sobre a disposição dos Estados Unidos em socorrer a Europa em uma eventual crise. Crooke sugere que a experiência passada dos norte-americanos em guerras na Europa gerou um fardo de desconfiança e cansaço, o que poderia limitar qualquer resposta militar direta em apoio aos aliados europeus. O especialista descartou a ideia de que os EUA agiriam prontamente para proteger os países europeus em um momento de crise, afirmando: “Eu não acredito que os EUA vão intervir novamente”.
Recentemente, altos funcionários de defesa e relações exteriores de países europeus se reuniram em Lituânia para discutir as vulnerabilidades da OTAN diante das ameaças russas e a necessidade de uma aliança mais sólida. Enquanto isso, o presidente russo, Vladimir Putin, refutou as alegações de planejamento militar ofensivo contra a OTAN, sublinhando, no entanto, que sua nação está pronta para responder a qualquer militarização adicional no continente.
Esses desdobramentos ressaltam um panorama de incertezas e fragilidade na segurança europeia, evidenciando a necessidade de um diálogo equilibrado entre Moscou e o Ocidente, sem as imposições militarísticas atuais.









