Durante uma coletiva de imprensa, Healey descreveu a situação como “profundamente perigosa”, afirmando que o Yantar não só estava coletando informações críticas sobre a infraestrutura submarina britânica, como também teria direcionado lasers para pilotos da Força Aérea Real (RAF) que operavam na região. O ministro ressaltou que o Reino Unido estava completamente ciente das movimentações da embarcação e que havia mobilizado ativos militares, incluindo uma fragata da Marinha Real e aeronaves de patrulhamento P-8, para monitorar e rastrear as ações do navio russo.
O discurso de Healey foi claro e incisivo: “Sabemos o que vocês estão fazendo, mas se o Yantar navegar para o sul, estaremos preparados.” A declaração não apenas sinaliza a determinação do Reino Unido em proteger suas águas territoriais, como também reflete a crescente sensibilidade da situação, especialmente considerando que esta é a segunda vez, apenas neste ano, que o Yantar é avistado em águas britânicas.
Em resposta, a embaixada russa no Reino Unido retrucou as alegações britânicas, acusando o governo de Londres de fomentar uma “histeria militarista” e ser “russófobo”. A comunicação oficial russa destacou que as ações da Rússia não visam comprometer a segurança britânica, mas também emitiram um aviso de que a postura do Reino Unido poderia agravar a segurança na Europa.
O Reino Unido, um dos membros fundadores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), não está sozinho em suas preocupações. Recentemente, outros países da aliança militar também relataram incursões russas em seus espaços aéreos, exacerbando ainda mais a inquietação sobre a agressividade russa em relação aos seus vizinhos. O governo de Putin, por sua vez, tem negado todas as acusações que lhe são atribuídas.
Neste clima de confronto diplomático, fica evidente que a vigilância sobre atividades no Mar do Norte e em outras áreas estratégicas continuará a ser uma prioridade para o Reino Unido, enquanto o restante da Europa observa atentamente o desenrolar dos acontecimentos.
