A Justiça concedeu uma liminar suspendendo a leitura de uma suposta carta de renúncia atribuída ao prefeito de Rio Largo, Carlos Gonçalves, e ao vice-prefeito, Peterson Henrique. A decisão, assinada pelo juiz da 1ª Vara de Rio Largo, Guilherme Bubolz Bohm, garante a permanência de ambos nos cargos para os quais foram eleitos.
O caso veio à tona na segunda-feira (31), quando o presidente da Câmara Municipal, Rogério Silva, apresentou, durante sessão extraordinária, um documento que supostamente oficializaria a renúncia do prefeito e do vice. Contudo, Carlos Gonçalves reagiu imediatamente, classificando a carta como falsa e denunciando uma tentativa de golpe.
Na decisão, o juiz Bubolz Bohm destacou a fragilidade do documento, que continha apenas três linhas, sem qualquer justificativa oficial. O magistrado ressaltou ainda que a carta não possui timbre oficial nem reconhecimento de firma, e apontou discrepâncias na caligrafia, nos tons de tinta e nas canetas utilizadas para assinaturas e datas.
A Polícia Civil de Alagoas abriu investigação para apurar a veracidade do documento. Uma perícia grafotécnica deverá confirmar se as assinaturas são autênticas. Caso se comprovem genuínas, Carlos Gonçalves e Peterson Henrique deverão justificar a nulidade do documento devido à ausência de registro em cartório.
Nos bastidores, a existência da suposta carta levanta suspeitas de um possível acordo firmado antes da eleição, no qual os gestores teriam se comprometido a renunciar em favor do ex-prefeito Gilberto Gonçalves em caso de descumprimento de um pacto político. O presidente da Câmara, Rogério Silva, ainda precisa esclarecer à sociedade como o documento chegou à Casa Legislativa e quem o protocolou oficialmente.
O jornalista Berg Morais gravou um vídeo nas redes sociais sobre o caso.
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