Tensão Diplomática: China Exige Retorno de Diplomatas Após Conflito com a Lituânia Sobre Taiwan e Cabos Submarinos no Báltico.

A tensão entre a China e a Lituânia ganhou novos contornos após a decisão do governo lituano de declarar “persona non grata” parte do pessoal diplomático chinês, uma medida que foi veementemente condenada por Pequim. Essa exigência se origina em um contexto de crescente desentendimentos entre as duas nações, especialmente em relação às questões referentes à ilha de Taiwan e à segurança nas comunicações submarinas.

No último dia 2 de dezembro, a China expressou sua indignação em relação à demanda lituana, que exigiu a retirada de diplomatas como resposta a denúncias sobre a possível participação de um navio chinês no corte de cabos submarinos no Mar Báltico, uma operação que envolve inclusive links críticos entre a Lituânia e a Suécia. O governo de Pequim considera que a Lituânia tem agido em “grave violação” do princípio de uma só China, que considera Taiwan parte inseparável de seu território. Essa interpretação é fundamental nas relações diplomáticas entre a China e os países que reconhecem oficialmente seu governo.

As relações bilaterais já estavam abaladas desde 2021, quando a Lituânia permitiu a abertura de um escritório de representação de Taiwan em sua capital, uma ação que Pequim interpretou como um desafio direto à sua política de reunificação. A situação se agravou ainda mais quando surgiram acusações de que navios chineses estavam envolvidos em atividades que podem ser vistas como espionagem, conforme alertas emitidos pelos Estados Unidos sobre a vulnerabilidade de cabos submarinos a ações de reparo por empresas chinesas.

Os Estados Unidos, por sua vez, levantaram preocupações sobre a segurança das infraestruturas de comunicação, argumentando que a empresa S.B. Submarine Systems oculta a localização de suas embarcações, criando um cenário propício para atividades de espionagem. A China, por outro lado, nega essas alegações e critica a disseminação de informações que considera falsas.

Em resposta às recentes tensões, Pequim reivindicou que a Lituânia cesse ações que prejudicam sua soberania. O governo chinês se reservou o direito de tomar contramedidas, enfatizando a importância de manter relações diplomáticas respeitosas e baseadas em acordos internacionais. Enquanto isso, o futuro das relações sino-lituanas continua incerto, com ambas as partes mantendo posições firmes em suas respectivas demandas.

Sair da versão mobile