Em resposta às ameaças de Trump, um porta-voz do Ministério do Comércio da China deixou claro que o país tomará medidas decisivas para proteger seus interesses e direitos legítimos. A abordagem unilateral dos Estados Unidos, segundo o governo chinês, é insustentável, especialmente num cenário onde as interdependências econômicas globais estão se tornando cada vez mais complexas. O porta-voz reiterou que a China não deseja entrar em uma guerra tarifária, mas também não hesitará em responder às provocações.
O contexto para essa escalada de tensões se dá após a China ter implementado novos controles de exportação sobre recursos cruciais, como terras raras e materiais essenciais para a produção de eletrônicos e tecnologia sustentável. Esses recursos são vitais para a indústria global, uma vez que o país asiático responde por cerca de 60% da produção e quase 90% do refino desses materiais no mundo. Essa posição dominante gera uma preocupação significativa para os Estados Unidos, que tentam proteger sua indústria e, por consequência, sua segurança econômica.
A escalada das tarifas anunciada por Trump, divulgada na plataforma Truth Social, alude a uma visão de que a China está agindo de forma hostil e estratégica. Trump caracterizou a iniciativa da China como um plano de controle que se estende a praticamente todos os produtos, reforçando a ideia de uma competição desleal no cenário internacional. Além disso, o presidente norte-americano enfatizou a intenção de estabelecer uma postura firme ao impor também controles de exportação sobre softwares considerados críticos.
Com essas antigas e novas ameaças se desenrolando, a dinâmica entre os dois gigantes econômicos continua a se transformar, levantando questões sobre o futuro das negociações comerciais e o impacto que uma guerra tarifária poderia ter na economia global como um todo. A tensão atual reflete não apenas uma competição econômica, mas também uma luta por influência e controle em uma época de crescente interconexão mundial. O que está em jogo é mais do que tarifas; é a ordem econômica do século XXI.