Entre 15h30 e 18h50, o Corpo de Bombeiros registrou um total de 219 intervenções relacionadas a alagamentos, 97 chamadas por quedas de árvores, além de casos isolados de deslizamentos e problemas com fiação elétrica na capital e na região metropolitana. Apesar dos estragos evidentes, não foram notificadas vítimas, o que alivia o impacto de uma situação tão crítica.
O volume de chuva em um curto espaço de tempo correspondeu a quase metade da média esperada para todo o mês de janeiro, uma situação que acendeu alertas sobre possíveis consequências das mudanças climáticas na metrópole. A circulação na linha 12-Safira da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foi suspensa por várias horas, enquanto outras linhas de metrô também registraram atrasos significativos, sendo a linha 1-Azul a mais afetada, com várias estações alagadas.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostravam a estação Jardim São Paulo transformada em um verdadeiro lago, com escadas virando cascatas, e um congestionamento rodoviário que chegou a alcançar 1.025 quilômetros, o maior registrado no ano até o momento.
Além disso, a falta de energia afetou cerca de 140 mil imóveis em seu pico, por volta das 17h, segundo informações da Enel. Os problemas não se limitaram aos lares: o teto do shopping Center Norte desabou em decorrência da força das águas, mas, felizmente, não havia pessoas feridas no local.
No total, a cidade registrou 33 pontos de alagamento, dos quais 29 eram considerados intransitáveis no fim da tarde. O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) indicou que ainda havia seis pontos críticos no início da noite. Com a quantidade de chuvas e a infraestrutura urbana em teste, a Defesa Civil reforçou a importância de precauções em dias chuvosos, sugerindo que a população evite áreas de risco e acompanhe os alertas de segurança.