Enquanto tentava preparar um jantar especial, a repórter foi surpreendida pelo barulho da tempestade e pela falta de energia. Mesmo com a dificuldade, conseguiu concluir o jantar à luz de lanternas e sem poder contar com eletricidade. Os impactos da tempestade, porém, foram muito maiores do que apenas um jantar interrompido.
Mais de 2,1 milhões de consumidores ficaram sem energia na região metropolitana, enquanto sete pessoas perderam suas vidas durante o caos provocado pela tempestade. Árvores caídas, portas quebradas, carros danificados e ruas bloqueadas foram apenas alguns dos estragos deixados pelo temporal.
A repórter, que era a única de plantão naquela manhã de sábado, encontrou dificuldades para cobrir a situação devido à falta de internet em sua casa e na redação onde trabalhava. Em busca de um local com energia, correu para a casa da mãe e, posteriormente, se dirigiu ao escritório da Enel, onde o presidente da empresa se recusou a dar qualquer previsão para o restabelecimento da luz na cidade.
Enquanto encarava os desafios do apagão, a repórter se deparou com histórias como a de um morador que precisou comprar gelo para manter a insulina do avô refrigerada, já que a falta de energia comprometia os alimentos na geladeira. A repórter também enfrentou dificuldades pessoais, como a necessidade de recorrer à generosidade de amigos para conseguir tomar banho.
Após mais de quatro dias sem luz, a energia finalmente foi restabelecida, mas os desafios persistiram, mostrando que a saga ainda estava longe de terminar. Com relatos como esse, fica evidente o impacto que eventos climáticos extremos podem ter na vida das pessoas, levando-as a situações de vulnerabilidade e necessidade.