O fenômeno, que teve início por volta das 22h30, durou apenas cinco minutos, mas deixou um rastro de destruição na cidade de 34,7 mil habitantes. Galpões industriais tiveram suas coberturas arrancadas, silos foram entortados e telhados de casas foram levados pelo vento. Os bairros mais afetados foram Agrícola, Jauri, Cohab, Mário, Auxiliadora, Presidente Vargas e a região industrial, além do centro da cidade.
O prefeito Sidney Brondani (PP) informou que cerca de 15 mil pessoas estão sofrendo as consequências do temporal. Postos de saúde e escolas foram atingidos, e as aulas foram suspensas para a segunda-feira, 16. Quedas de postes e interrupções parciais no abastecimento de água foram registradas. Equipes de resgate e voluntários estão trabalhando para liberar ruas e auxiliar no reparo das residências afetadas.
Moradores como Thaiz Castro relataram os estragos em suas casas, com a destruição de imóveis e veículos. A Câmara de Vereadores anunciou o repasse de uma verba de R$ 1 milhão para ajudar no socorro à cidade em meio à calamidade. A Defesa Civil estadual explicou que a microexplosão é causada por tempestades intensas, descargas elétricas e grande concentração de água nas nuvens, que acabam sendo despejadas ao solo.
O ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, manifestou apoio através de suas redes sociais, prometendo suporte do governo federal. A situação em São Luiz Gonzaga se agrava em meio aos efeitos das enchentes que assolaram o Estado no final de abril e início de maio, deixando centenas de milhares de desabrigados e desalojados, além de dezenas de mortos. Ainda há pessoas desaparecidas e os danos provocados pela natureza exigem esforços concentrados para a recuperação da região.