
É curioso. Parece lance de cabala. Muita gente chama as coisas por outro nome, com medo de que elas convoquem algo temeroso ou temerário. O rabino Loew ben Betzalel chamava o Golem de Praga de Emet, (verdade). Mas quando o Golem perdia o controle, o rabino mudava seu nome, apagando uma letra “m” de sua testa. E assim Emet (verdade) virava Met (morte). E o Golem morria…
Ariano Suassuna tinha medo de pronunciar o vocábulo “morte”. E a chamava de “caetana”.
Michel Temer tem medo der chamar a Lava Jato pelo seu nome. Sai agora às ruas defendendo uma ética de p**eiro, aquela que mantém o S. Jorge aceso, para dar certa credibilidade aos trabalhos…
Mas nos bastidores Michel Temer detona a Lava Jato. Telefona diariamente para comentaristas que atacam a Força Tarefa em nome de Temer — e em nome da Odebrecht.
Mas Eduardo Cunha começa a revelar tudo.
Vamos lembrar. Primeiro foi Delcídio. O ex-senador disse em depoimento de delação premiada que o vice-presidente da República, Michel Temer, chancelou a indicação de dois ex-diretores da Petrobras que foram condenados na Operação Lava Jato. Segundo o senador, Temer era “padrinho” de João Augusto Henriques, ex-diretor da BR Distribuidora, subsidiária da estatal, e de Jorge Zelada, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras.
Bem… Será que ainda alguém cai no cafarnaum , na esparrela, de que Temer apoia alegre e polaroidemente a Lava Jato? Não. Seus maquiadores na mídia já começam a ser desmascarados.
É lindo ver a lista de perguntas da defesa de Cunha a Michel Temer, conforme ilustração.
Se Temer não criar coragem de chamar as coisas pelo seu verdadeiro nome, nem o S. Jorge de puteiro vai ajudar: porque agora Cunha vai é…. descaralhar!!!
Yahoo
29/11/2016
