Teerã Reitera Importância da Cooperação com AIEA em Meio a Questões Nucleares e Conflitos Regionais em Crescimento

A Relação do Irã com a AIEA: Uma Necessidade de Cooperação Continua

Teerã reafirmou sua intenção de manter laços com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), conforme declaração do chanceler iraniano, Abbas Araghchi. Em um momento em que as tensões geopolíticas se intensificam, especialmente em decorrência de ataques recentes a instalações nucleares do país, Araghchi destacou a importância da presença dos inspetores da AIEA na troca de combustível da usina nuclear de Bushehr, prevista para ocorrer nas próximas semanas.

Embora os inspetores da AIEA tenham se retirado do Irã, a colaboração com a agência permanece em outras formas. O chanceler destacou que é essencial não interromper completamente essa cooperação, uma vez que o funcionamento adequado da usina e a segurança do processo de enriquecimento de urânio dependem desse monitoramento internacional.

A troca de combustível da usina de Bushehr, a única instalação nuclear atualmente operante no Irã, deve ocorrer em aproximadamente um mês e contará com a participação dos inspetores da AIEA, caso o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã aprove essa ação. Araghchi também mencionou a pressão por parte de representantes russos para que o Irã acelere este processo. A usina de Bushehr, que está sendo construída com apoio da Rússia, se destaca por não ter sido alvo de ataques durante os recentes conflitos com Israel, ao contrário de outras instalações nucleares iranianas.

Entretanto, a questão central levantada pelo chanceler é a viabilidade das inspeções em áreas que sofreram bombardeios. Para ele, esse fator torna perigoso o acesso a locais que foram alvos de ataques e questiona a eficácia das inspeções nessas circunstâncias.

No passado recente, em julho, Teerã decidiu suspender parte de sua cooperação com a AIEA, alegando inércia da organização frente aos ataques de origem israelense e americana que afetaram suas instalações nucleares. A situação atual ressalta a complexidade do jogo político e estratégico na região, e a necessidade de um diálogo contínuo em meio a um ambiente tão volátil.

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