A internet já está presente em cerca de 1,1 milhão de domicílios particulares permanentes de Alagoas, o que representa 91,7% do total, segundo dados de 2024 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), divulgada nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice marca um crescimento de 2,4 pontos percentuais em relação a 2023 e representa um salto de 62% desde o início da série histórica, em 2016, quando apenas 56,6% dos lares alagoanos tinham acesso à internet.
A taxa de crescimento, no entanto, vem diminuindo gradualmente desde 2021, refletindo a aproximação da universalização do serviço no estado. O cenário é semelhante no Brasil, onde o acesso domiciliar à internet passou de 92,5% em 2023 para 93,6% em 2024, uma alta de apenas 1,1 ponto percentual. Entre as regiões, o Nordeste registrou o maior aumento no período (2,2 p.p.), embora ainda apresente a menor taxa de domicílios conectados (91,3%). O Centro-Oeste lidera o ranking nacional, com 96%.
Em Alagoas, a conexão por banda larga fixa segue em expansão e já está presente em 94% dos lares com internet, frente aos 92% do ano anterior. Em contrapartida, a banda larga móvel apresentou retração, passando de 69,6% em 2023 para 66,1% em 2024. A tendência de crescimento da banda larga fixa se repete no Brasil e, segundo o analista do IBGE Leonardo Quesada, ela vem ampliando a diferença em relação à banda larga móvel. No Nordeste, os dados confirmam esse movimento: a região tem o maior percentual de domicílios com banda larga fixa (92,3%) e o menor com banda larga móvel (70%).
A pesquisa também apontou que 88,7% dos domicílios alagoanos utilizam serviço de rede móvel celular, seja para telefonia ou acesso à internet. Esse percentual vinha em alta desde 2016, com exceção de quedas pontuais registradas em 2019 e 2021, e voltou a crescer a partir de 2022.
O número de residências que utilizam dispositivos inteligentes conectados também aumentou no estado. Em 2024, cerca de 118 mil domicílios relataram ter pelo menos um desses aparelhos, o que representa 10,9% do total — crescimento de 18 mil unidades em relação ao ano anterior. Ainda assim, o índice é um dos mais baixos do país. No Sul, por exemplo, 23,2% dos lares possuem dispositivos inteligentes, enquanto no Nordeste esse percentual é de 11,8%.
A posse de microcomputadores, por sua vez, segue em queda. Em Alagoas, apenas 22,6% dos domicílios contavam com esse equipamento em 2024, frente aos 27,2% registrados em 2016. O movimento é observado em todo o país e, segundo o IBGE, pode estar se estabilizando. Os tablets, que também vinham em declínio, apresentaram uma leve recuperação: subiram de 5,4% para 6,7% entre 2023 e 2024 no estado. Ainda assim, o índice continua abaixo dos 8% registrados em 2016. No Brasil, os tablets estavam presentes em 10,8% dos lares em 2024, índice inferior ao dos computadores.
Os dados são públicos e estão disponíveis no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). A PNAD Contínua, na qual se baseiam as informações, é realizada anualmente desde 2016 e traz resultados detalhados para o Brasil, grandes regiões e unidades da federação.