A tensão previamente sentida com os protestos foi evidenciada ao redor do Allianz Parque, onde faixas denunciavam a má fase da equipe, com mensagens diretas como “Acabou a paz” e “Fora, Abel”. Para agravar ainda mais a situação, o Palmeiras divulgou que sua Academia de Futebol foi alvo de um ataque com fogos de artifício na madrugada do domingo, algo que novamente colocou em evidência o clima turbulento nos bastidores do clube. Em sua resposta sobre os protestos, Abel optou por uma postura reservada, lamentando os episódios, mas sem entrar em muitas explicações.
Durante a coletiva de imprensa, o técnico expressou seu respeito e carinho pelos torcedores e ponderou sobre sua renovação de contrato. “Meu futuro será decidido no momento certo. Jamais serei um problema dentro do Palmeiras”, disse, revelando uma disposição de diálogo mas sem confirmações definitivas sobre sua permanência. Ele também abordou a recentíssima eliminação na Copa do Brasil, definindo-a como um momento “duro e pesado”, que trouxe à tona a necessidade de uma reformulação interna.
No Campeonato Brasileiro, o Palmeiras ocupa a terceira posição, com 36 pontos, fazendo os torcedores depositarem esperanças na próxima partida da Libertadores, que ocorrerá na quinta-feira contra o Universitário, no Peru. O atacante Vitor Roque, que marcou o gol da virada diante do Ceará, se mostrou otimista, apontando que a vitória trouxe um novo ânimo para a sequência da temporada. “Agora temos um jogo muito importante na Libertadores. Temos que tentar o resultado lá para jogar com tranquilidade aqui”, destacou.
Abel Ferreira encerrou sua participação reiterando o compromisso de ser uma solução para o Palmeiras, ao invés de um problema, e se mostrou focado em encontrar os melhores caminhos a seguir.