O evento é parte de um projeto pedagógico contínuo dentro das unidades de internação, com o objetivo de fortalecer os laços familiares e proporcionar aos jovens internos uma oportunidade de reflexão crítica e autoconhecimento através da arte. A iniciativa busca não apenas potencializar as habilidades artísticas dos adolescentes, mas também intensificar a reconexão entre eles e suas famílias, promovendo um ambiente mais propício para a reintegração social.
Cassia Moreno, gerente de Desenvolvimento Integral da Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese), explicou que a apresentação é a etapa final do projeto intitulado “Família”. “Os próprios adolescentes estiveram envolvidos em todo o processo de produção, desde a confecção de cartazes e cartões até a participação em palestras e rodas de conversa sobre a importância de combater o trabalho infantil”, detalhou Cassia. Ela também enfatizou o esforço da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) em aproximar as famílias do processo socioeducativo, preparando-as para acolher novamente os jovens em seu retorno à sociedade.
Durante a apresentação, o adolescente J., de 17 anos, ressaltou a importância da proteção infantil e adolescente. “As crianças e adolescentes devem ser protegidos para que tenham um desenvolvimento natural. Precisam de nossa ajuda para estudar e seguir o caminho certo”, disse. O depoimento de J. ilustra de maneira vívida as realidades e aspirações dos jovens que participaram da ação.
Complementando as considerações, o superintendente de Medidas Socioeducativas da Seprev, Daniel Alcântara, afirmou a relevância de atividades como essa para o processo de ressocialização e formação cidadã. “Essas atividades são essenciais para que os adolescentes discutam temas fundamentais como o trabalho infantil. A apresentação destacou o papel da educação dentro das medidas socioeducativas e na formação cidadã dos jovens”, pontuou.
Fábio Oliveira, secretário executivo da Seprev, também comentou sobre o impacto da peça. “A peça chamou a atenção para a responsabilidade da família, do poder público e da sociedade na educação das crianças e adolescentes. O trabalho infantil é crime e deve ser combatido ativamente”, afirmou.
Com esse esforço conjunto, o Sistema Socioeducativo de Alagoas dá um passo significativo na luta contra o trabalho infantil e na promoção de uma infância verdadeiramente saudável e protegida.