A suspensão da licitação ocorreu em julho de 2024, após a Unidade de Auditoria Especializada em Contratações do TCU identificar indícios de violação do sigilo das propostas das empresas, o que apontava para possíveis falhas ou fraudes no processo. Segundo o tribunal, os planos de comunicação das empresas deveriam ser entregues em invólucros para preservar o sigilo das informações de cada uma das propostas, porém, um dia antes do resultado da licitação, o site O Antagonista divulgou, por meio de códigos, o resultado do pregão, revelando a falha na segurança.
O sigilo era essencial, pois a Secom estava avaliando não apenas o menor preço, mas sim a melhor técnica das propostas. Diante disso, o ministro Aroldo Cedraz acatou a representação e interrompeu o certame. Posteriormente, em agosto, o governo decidiu revogar a licitação.
O episódio acabou resultando em desgaste político para Paulo Pimenta, que logo será substituído na chefia da Secom pelo publicitário Sidônio Palmeira, a partir da próxima semana. A retomada da licitação traz expectativas sobre como o processo será conduzido desta vez, visando maior transparência e segurança em todo o processo de seleção das empresas contratadas para prestarem serviços de comunicação ao governo.