TCU analisa contas do governo Lula 3 com ressalvas e detecta distorções de R$94,3 bilhões nas demonstrações contábeis da Previdência.



O Tribunal de Contas da União (TCU) se prepara para analisar e votar as contas do primeiro ano de mandato do governo Lula 3 nesta quarta-feira. A expectativa é de que as contas sejam aprovadas com ressalvas, seguindo a tendência dos últimos anos. Após a análise pelo TCU, o relatório e o parecer prévio são encaminhados ao Congresso Nacional para as devidas providências.

As contas de 2023 estão sob responsabilidade do ministro Vital do Rêgo, que irá verificar se o presidente da República cumpriu as principais regras fiscais e orçamentárias na execução dos gastos públicos. O parecer do relator se baseia em auditorias conduzidas pela área técnica do órgão, que revelaram diversas distorções nas demonstrações contábeis consolidadas do Ministério da Previdência, totalizando R$ 94,3 bilhões, sendo R$ 5,7 bilhões relacionados a benefícios previdenciários e assistenciais.

Segundo informações obtidas pelo GLOBO, as distorções estão principalmente ligadas ao não reconhecimento de obrigações, desrespeito a direitos com compensação previdenciária e possíveis pagamentos de benefícios indevidos. O relatório de auditoria aponta a necessidade de alinhar o processo contábil das entidades aos padrões internacionais adotados no setor público, fazendo recomendações aos Ministérios da Previdência e da Fazenda.

O processo de análise das contas resulta em dois documentos: o relatório e o parecer prévio. O TCU emite sua opinião sobre os Balanços Gerais da União e a execução orçamentária, indicando a aprovação, aprovação com ressalvas ou rejeição das contas. Recomendações e alertas são feitos em caso de aprovação com ressalvas, enquanto a rejeição ocorre em casos de irregularidades graves que afetam a gestão dos recursos públicos.

A última vez que o TCU recomendou a rejeição das contas foi durante o governo de Dilma Rousseff, referente ao ano de 2015. Desde então, as contas vêm sendo aprovadas com ressalvas, mostrando a importância da fiscalização e transparência na gestão dos recursos públicos. A sociedade aguarda com atenção o desfecho dessa análise, que reflete a responsabilidade do governo na condução das finanças públicas.

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