No total, o BNDES destinou R$ 17,6 bilhões em apoio financeiro ao Grupo J&F, controlador da JBS, sendo R$ 9,5 bilhões em empréstimos e R$ 8,1 bilhões na compra de ações da JBS e do frigorífico Bertin, que posteriormente foi adquirido pela JBS. Essa operação de apoio à empresa de alimentos foi parte da denominada “política de campeões nacionais”, que visava impulsionar a formação de grandes grupos empresariais nacionais durante a gestão de Luciano Coutinho no BNDES.
Após a decisão do TCU, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, se pronunciou em nota, expressando satisfação com a decisão dos julgamentos e destacando a qualidade, profissionalismo e motivação dos funcionários da instituição. Coutinho, que era presidente do BNDES durante as operações investigadas, também avaliou as decisões do TCU como corretas e justas, ressaltando que a atuação do Banco sempre foi pautada por princípios éticos e legais.
Além disso, a nota divulgada por Mercadante ressaltou que as operações de apoio à JBS geraram um lucro de R$ 16,5 bilhões em valores nominais para o banco, evidenciando a relevância e os resultados positivos dessas transações. Vale ressaltar que as operações do BNDES com a JBS também foram alvo da Operação Bullish, realizada pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal em 2017, mas os técnicos do BNDES acabaram sendo inocentados e as denúncias contra Coutinho e o ex-ministro Guido Mantega foram rejeitadas.
Diante das decisões do TCU e do impacto positivo das operações para o banco, fica evidente a importância do apoio financeiro concedido à JBS pelo BNDES e a idoneidade das ações realizadas durante as gestões passadas. A absolvição dos funcionários e diretores representa um reconhecimento da transparência e correção nas atividades do banco de fomento.