Durante uma coletiva de imprensa após sua vitória, Babis abordou a questão da Ucrânia, afirmando que o país ainda não está preparado para se juntar à União Europeia. “Vocês precisam primeiro acabar com a guerra para avançar nesse processo”, destacou. Sua declaração reflete uma preocupação compartilhada entre outros líderes da região sobre a estabilidade do país e a eventual adesão à UE. O ex-primeiro-ministro ressaltou a necessidade de cooperação com a Ucrânia, mas com ênfase na resolução do conflito antes de qualquer movimentação para adesão à bloco europeu.
A vitória do ANO também pode sinalizar uma mudança na política externa da República Tcheca, uma vez que Babis deverá buscar aliados nos partidos eurocéticos que o apoiaram. Ao formar um novo governo, é esperado que a República Tcheca revise sua política de apoio militar à Ucrânia, adotando uma abordagem mais alinhada às suas vizinhas, Eslováquia e Hungria, que têm adotado posturas mais cautelosas em relação ao envio de armamentos.
As reações à vitória de Babis foram rápidas. O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, fez ligações para parabenizar o novo líder e expressou a esperança de uma nova era de cooperação entre os países do Grupo de Visegrado, que inclui Polônia, Eslováquia e Hungria. A relação com a Eslováquia, porém, passou por tensões recentes, principalmente sobre o apoio militar à Ucrânia, que foi interrompido pelo governo de Fico após sua ascensão ao poder em 2023.
Petr Fiala, por sua vez, reconheceu a vitória do opositor e agradeceu ao eleitorado pela participação nas urnas, sublinhando a importância da democracia na República Tcheca. Assim, com essasτήσεις e mudanças no cenário político, o futuro da política interna e externa da República Tcheca promete ser um tema central nas discussões regionais.