Taxa de visitação em destinos turísticos gera polêmica entre turistas e moradores, confira as novas regras implementadas até o momento.

Dois dos principais destinos turísticos dos brasilienses começaram a implementar taxas para a visitação em menos de um ano. Desde março, Alto Paraíso de Goiás começou a cobrar R$ 20 por pessoa a cada sete dias. Já Caldas Novas anunciou que haverá valores diferentes para os tipos de veículos utilizados, sendo R$ 4,50 para motocicletas e R$ 183 para ônibus a partir de janeiro de 2025. Até o momento, Pirenópolis ainda não adotou esse modelo.

A cobrança tem chamado a atenção de moradores, empresários locais e turistas, sendo estes últimos os principais alvos da taxa. Nas redes sociais de Caldas Novas, a revolta foi evidente, com comentários como “absurdo”, “comércio acabando” e “sacanagem imensa” se destacando.

Em Alto Paraíso, a taxa ainda não é obrigatória, mesmo depois de nove meses de implementação. A falta de transparência em relação aos valores arrecadados e ao destino desse recurso tem gerado críticas por parte dos guias locais, que questionam se a medida não resultará na elitização do turismo na região.

A superintendência de comunicação de Alto Paraíso informou que a taxa é destinada à conservação do local e deve ser cobrada para todas as visitas, seja a turismo ou a trabalho. No entanto, os guias locais relatam que não há clareza em relação ao uso desse recurso.

A pesquisadora de turismo e sustentabilidade Helena Araújo Costa, da Universidade de Brasília, defende a cobrança da taxa como uma forma do turista contribuir para a cidade que visita. No entanto, ressalta a importância da transparência na utilização desses recursos e da facilidade de pagamento para os turistas.

Em Caldas Novas, aqueles com veículos ou comprovantes de residência no município estão isentos da taxa, assim como quem passar menos de 12 horas na cidade. A prefeitura informou que o pagamento poderá ser efetuado em pontos oficiais, pelo site da prefeitura ou por um aplicativo em desenvolvimento.

Em resumo, a implementação de taxas para visitação em destinos turísticos está se tornando uma prática comum no Brasil, com diversos locais adotando essa medida para o controle e a preservação de suas atrações. No entanto, a falta de transparência e a dificuldade na fiscalização ainda são desafios a serem superados para garantir o sucesso e a efetividade dessas taxas.

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