Tarsila do Amaral, que viveu de 1886 a 1973, deixou um legado significativo na arte brasileira, elevando o indigenismo e introduzindo as vanguardas na cena artística nacional e internacional. Sua passagem por Paris, a partir de 1920, foi um marco na sua carreira, onde teve a oportunidade de absorver influências e desenvolver seu próprio repertório artístico.
A curadora da exposição, Cecilia Braschi, destacou a importância de romper com a ideia simplista de que os artistas estrangeiros apenas absorvem a modernidade em Paris e partem. A relação de Tarsila com a cidade era muito mais complexa, e ela chegou com um repertório moderno brasileiro em formação, que se reflete em sua obra.
Filha de fazendeiros em São Paulo, Tarsila do Amaral inicialmente se formou academicamente no impressionismo antes de se unir ao movimento modernista brasileiro. Sua estadia em Paris, onde frequentou os ateliês de Fernand Léger e André Lhote, foi fundamental para sua evolução artística.
O destaque da exposição são obras como “A Negra”, inspirada em uma ex-escrava da fazenda de sua família, e “A Cuca”, que retrata um monstro do folclore brasileiro. Tarsila mesmo afirmava: “Eu invento tudo na minha pintura”.
A trajetória de Tarsila do Amaral reflete as transformações artísticas e culturais do Brasil no século XX, evidenciando sua relevância e impacto na história da arte nacional. Sua obra continua a influenciar gerações de artistas e permanecerá como parte fundamental do patrimônio artístico do país. A exposição em Paris celebra e reafirma o papel de Tarsila como uma das artistas mais emblemáticas da modernidade brasileira.
Por fim, o legado de Tarsila do Amaral permanece vivo e inspirador, revelando a força e a originalidade de sua contribuição para a arte contemporânea.