Tarifas de Trump contra parceiros da Rússia podem prejudicar mais os EUA do que a própria Rússia, alerta ex-oficial da CIA.

Impor tarifas a parceiros comerciais da Rússia tem gerado um debate acalorado sobre as possíveis repercussões que isso pode trazer para a economia dos Estados Unidos. Recentemente, um ex-oficial da CIA, Larry Johnson, expressou sua preocupação em relação às decisões econômicas do governo americano, sugerindo que tais medidas podem resultar em um efeito colateral indesejado: o agravamento da própria economia dos EUA.

Desde o início do conflito entre Moscou e Kiev, a administração do presidente Donald Trump tem ameaçado implementar tarifas de até 100% sobre produtos russos. Além disso, o governo sinalizou sanções secundárias a países que continuarem a comprar petróleo russo, num gesto que busca aumentar a pressão sobre a Rússia. Em 6 de agosto de 2025, Trump assinou um decreto impondo uma taxa adicional de 25% sobre as importações provenientes da Índia, que tem adquirido petróleo russo em resposta à crise geopolítica.

Johnson critica essa abordagem, afirmando que a estratégia do governo americano pode ser contraproducente. Segundo ele, ao tentar limitar a influência russa, os EUA podem estar se prejudicando mais do que a própria Rússia. “Essas tarifas podem até causar um impacto significativo em países como Índia e China, mas os maiores danos recairão sobre a economia dos Estados Unidos,” observou.

A análise de Johnson também destaca um cenário menos otimista para a economia americana. Ele menciona sinais de fraqueza, como a queda na produção industrial e um crescimento modesto no mercado de empregos, que devem ser considerados pelas autoridades. Ele argumenta que os formuladores de políticas em Washington estão desatualizados, agindo como se o mundo ainda fosse o mesmo em que os EUA eram o principal parceiro comercial para a maioria das nações, que hoje se inclina para a China.

Com essa dinâmica em jogo, as repercussões das tarifas e das sanções do governo americano podem abrir um novo capítulo nas relações comerciais internacionais, exigindo uma reavaliação das prioridades econômicas dos EUA em um mundo que se transforma rapidamente.

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