O aumento das tarifas decorre da suspensão de um contrato que oferecia um desconto de 24% na compra de água, acordado em 3 de outubro, mas já invalidado por decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). A concessionária indicou que, caso haja uma reconsideração sobre essa decisão até dezembro, pode haver uma diminuição no reajuste anunciado.
A Águas do Rio enfatiza a sua responsabilidade social, afirmando que parte de seus ganhos será utilizada para ajudar comunidades mais necessitadas, em conformidade com o Marco Legal do Saneamento. Desde 2021, a empresa já investiu R$ 5,1 bilhões, ampliando a cobertura de serviços e melhorando a qualidade da água fornecida a milhões de pessoas.
O histórico da situação revela que divergências nos dados de cobertura de esgoto, conforme relatórios da Águas do Rio, contribuíram para a necessidade do acordo com a Cedae. Por exemplo, técnicos da concessionária descobriram que algumas localidades apresentavam uma cobertura de esgoto muito abaixo do esperado, como Magé, onde a expectativa era de 40%, mas o índice real era de 0%. A questão levou a um reconhecimento por parte do governo e da Cedae sobre a necessidade de compensação financeira, estimada em R$ 900 milhões.
Recentemente, o TCE-RJ decidiu suspender o acordo que havia sido celebrado, criando um cenário de incerteza tanto para a concessionária quanto para os consumidores. A questão deve ser avaliada mais detalhadamente pelo tribunal, que já pediu informações aos envolvidos para esclarecer as responsabilidades e possíveis irregularidades no processo de concessão. O cenário atual levantou críticas e questionamentos sobre a gestão de informações e a responsabilidade das entidades envolvidas, enquanto os consumidores se preparam para um aumento nos custos de um bem essencial.









